Denunciar é o meio para inibir o crime e fortalecer a construção de políticas públicas
A violência é uma realidade na sociedade podendo se constituir de diversas formas, violando os direitos sociais do homem independente de sua cor, sexo, idade, posição social, religião ou outro critério. Porém, há um conjunto de pessoas mais propensas a todos os tipos de agressões, constituindo assim os grupos vulneráveis, que são compostos por crianças, mulheres, idosos, portadores de deficiência física, grupo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros), profissionais do sexo e índios.
A Violência física ou a violência psicológica como os maus tratos, ameaças, estupro, abandono, injúria, são algumas das ocorrências criminais que vitimiza as chamadas minorias. Ocorrências essas, que nem sempre são reveladas pelas vítimas ou divulgadas pelos orgãos públicos.
A reportagem visa abordar a violência aos grupos vulnerável em Aracaju, abordando especificamente as mulheres, idosos e o grupo LGBT, em diversas ocorrências e situações. Ressaltando, de que forma a administração pública estabelece políticas públicas voltadas para atender essa demanda da sociedade, como também os dados estatísticos e a aplicação da lei nos inquéritos instaurados para preservar a vida das vítimas.
POLÍTICAS PÚBLICAS
Existem dispositivos na lei que garantem os direitos de cidadania dos indivíduos que fazem parte dos grupos vulneráveis. Politicas Públicas foram criadas como o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8069/1990, o Estatuto do Idoso Lei 10.741/2003, Lei Maria da Penha 11.340/2006 ou o artigo 61 da Lei 3.688 de Contravenções Penais. Quanto ao grupo LGBT, ainda não há uma legislação específica que atenda exclusivamente essa parcela da sociedade. No entanto, em Aracaju podem contar com a orientação do Centro de Combate a Homofobia (CCH) e a Associação de Travestis e Transgêneros de Aracaju (Astra).
Também foram criados o Conselho Nacional do Direito da Mulher, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Nacional dos Direitos do Idoso e Conselho Nacional do Combate a Discriminação.
ATENDIMENTO
O atendimento aos grupos vulneráveis em Aracaju é realizado no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil de Sergipe, um complexo composto por três delegacias especializadas. A Delegacia Especial de Atendimento à mulher (DEAM), Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (DEACAV) e a Delegacia Especial de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DEAGV) voltada para os portadores de necessidades especiais, público LGBT, profissionais do sexo e questões ligadas a racismo.
Para o Secretário de Estado da Segurança Pública João Batista, a implementação das delegacias especializadas tem por objetivo humanizar e qualificar o atendimento a esse segmento da sociedade. “A Delegacia da Mulher em Sergipe foi uma das pioneiras no Brasil, vindo a se transformar no ano de 2004, em Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis. É um modelo para o serviço especializado no âmbito da segurança pública, respeitando e amparando um público que já chega debilitado tanto físico como emocionalmente”, enfatiza o secretário João Batista.
Foto: Cristina Baldassini
DADOS
No primeiro semestre de 2016, o DAGV constatou uma média diária de 70 a 90 vítimas que procuram o atendimento nas unidades. “Os procedimentos abertos em outras delegacias contra o segmento vulnerável, também são centralizados no departamento”, informou a coordenadora em exercício do DAGV, Thais Lemos.
No primeiro semestre de 2016, o DAGV constatou uma média diária de 70 a 90 vítimas que procuram o atendimento nas unidades. “Os procedimentos abertos em outras delegacias contra o segmento vulnerável, também são centralizados no departamento”, informou a coordenadora em exercício do DAGV, Thais Lemos.
Conforme dados da Superintendência da Policia Civil, por meio da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal – CEAcrim, de janeiro a agosto de 2016, foram totalizados 3235 boletins de ocorrências criminais das delegacias que compõe o DAGV, sendo que no mesmo período em 2015, foram registrados 4828 boletins.
DENÚNCIAS
A vítima também pode utilizar o disque 100, um serviço público da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) que atende especialmente as denúncias das populações consideradas de alta vulnerabilidade, como crianças e adolescente, pessoas idosas, LGBT, e outros. Ou pelo 181 da Polícia Civil de Sergipe.
A vítima também pode utilizar o disque 100, um serviço público da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) que atende especialmente as denúncias das populações consideradas de alta vulnerabilidade, como crianças e adolescente, pessoas idosas, LGBT, e outros. Ou pelo 181 da Polícia Civil de Sergipe.